sábado, 5 de novembro de 2011

"Du Don de Soi" - Paulo Ribeiro (CNB)

Só ocorre uma palavra, após sair da sala: Magistral. 
Um espectáculo que nos leva aos caminhos desconhecidos do nosso corpo. Não saímos como entramos. Parte de nós fica lá, em queda livre no abismo. 
O mais que poderá existir para escrever está neste, belíssimo e rigoroso, artigo dTiago Bartolomeu Costa, no Jornal Público, que espelha bem que não foi por acaso que recebeu este merecido reconhecimento. 



Insanidade

"... Insanidade é continuar a faz sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. ..."
Albert Einstein 

Histórico - George Steiner e António Lobo Antunes. Ensinando aprendendo. Mutuamente.

"... (...) Depois fui para Inglaterra encontrar-me com George Steiner. Tem um piano que pertenceu a Darwin e uma data de tabuleiros de xadrez. 
- É uma honra muito grande recebê-lo insistia ele, enquanto os meus cães negros farejavam os cantos. Falámos sobre a culpa, sobre a importância da capacidade de perdoar. 
- O que você escreve está cheio de perdão, como em Tchecov mas não lhe respondi que não me perdoo a mim, enquanto a minha memória ecoava um verso de Camões. 
E o vivo e puro amor de que sou feito e toda a glosa a Aristoteles no final do soneto, acerca da matéria e da forma. (...) Pois nem que seja um dedo no meu ombro, pá, tem paciência. Estou tão necessitado de um dedo no ombro (...)..."

in Revista Visão n.º 974 - Opinião-Crónica - 
"O vivo e puro amor de que sou feito", António Lobo Antunes - ALA  

Imprecisões recomenda - três livros

"Imperfeição Humana  - Ferdydurke"
"...(...) Gombrowicz fez mais do que um simples elogio à imaturidade ou do que um ataque virulento aos valores estabelecidos; o escritor polaco escreveu um romance sobre a imperfeição humana (é evidente a influência de Nietzsche), sobre a nossa incapacidade de sermos seres completos, sobre o esforço que é necessário a sociedade fazer para nos moldar ao tempo que nos calhou (...).
  
"Uma Espécie de Sono -  Call it Sleep”
"... (...) é a história da formação de uma consciência. A consciência pertence a David Schearl, que chega a Ellis Island ao colo da sua mãe em Maio de 1907, “o ano que estava destinado a trazer o maior número de imigrantes às costas dos Estados Unidos”. David percebe desde cedo que está condenado a crescer num “mundo que fora criado sem se pensar nele”, o mundo de Brooklyn e do Lower East Side, onde a sua infância é sujeita à centrifugação de grandes pressões: a dócil ternura de Genya (a sua mãe); a ira patriarcal de Albert (“Estremece quando falo contigo!”) - um dos grandes monstros domésticos da literatura, digno de ocupar lugar na galeria ao lado do pai de Kafka; as lições de um rabino colérico no “Cheder”; e as ameaças - reais e imaginárias - da rua contemporânea. (...) ..."
  • "Modern Architects"
  • Edicção facsimilada do catálogo da primeira exposição de arquitectura do MOMA, em 1932 Babe

"... (...) esta exposição, e respectivo catálogo, foram decisivos para a criação do departamento de arquitectura do MoMA: “O sucesso da exposição, visitada por milhares de pessoas durante seis breves semanas em Nova Iorque, e por outros milhares ainda na sua digressão de dois anos, convenceu a administração do MoMA, então com três anos, de que um Departamento de Arquitectura seria um complemento viável, sendo inaugurado um pequeno departamento dedicado à produção de exposições (...) e à constituição de uma fototeca.” (p.13) Departamento este que, como se pode ler, passa a ter uma relação especial com a fotografia enquanto representação eficaz da arquitectura e como documento fundamental e privilegiado para o estudo e a história daquela disciplina. (...) ..."