sábado, 20 de novembro de 2010
As garrafas
Entre uma e outra, esvazia-se o vinho todo nos copos.
Saboreia-se, observa-se, sente-se para demorar o paladar das histórias das palavras que vão saindo como um percurso de um rio, cheio de vida.
É tudo tão intenso que parece magia. As imagens surgem com uma luminosidade magnifica, como se o brilho fosse, ele mesmo, uma cor quente e escorregadia.
Entre a pele e o vinho, surge uma união perfeita tão forte que se torna magnética.
Devagarinho, como quem espreita pela fechadura, revelam-se os olhares cheios de razões, oriundas sabe-se lá de onde.
E vive-se.
Vive-se, no meio de um e outro gole, prova-se a vida numa construção enigmática do que se define por caminho.
As garrafas ...
As garrafas, contam-nos histórias ao ouvido que nos adormecem a dor.
As garrafas, contam-nos histórias ao ouvido que nos adormecem a dor.
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