sábado, 12 de novembro de 2011



amor, sexo e poesia. . Há peixes, escamas e areia. Há. Há cores, cheiros e fumo. Há. Há pedras, montes e arco-íris. Há. Há família, gerações e sangue. . Há teatro, tábuas e entregas. Há. Há universo, estrelas e nublosas. Há. Há palavras, dedos e tinta. Há. Há cosmos, células e cérebros.  Há. Há barcos, marés e chegadas. . Há sorrisos, bolsos e gargalhadas. Há. Há tristeza, lágrimas e secura. Há. Há música, som e olhares. Há. Há lábios, rostos e beijos. Há. Há mascaras, medo e esperança. Há. Há livros, amparos e escrita. Há. Há insónias, preocupações e soluções. Há. Há mãos, abraços e sentimentos. Há. Há amigos, ombros e degraus. Há. Há histórias, passado e presente. Há. Há conselhos, liberdade e decisões. Há. Há futuro, surpresas e paz. Há. Há esperança, optimismo e sementes. Há. Há gavetas, baús e sótãos. Há. Há oceanos, presenças e encontros. Há. Há abrigos, lareiras e chama. Há.lixo, joio e separação. Há. Há janelas, moinhos e palhaços. Há. Há amigos, fraquezas e amparo. Há. flores, raízes e alturas. Há. Há dimensão, consistência e oleiros. Há.  Há nuvens, desenhos e imaginação. Há. Há viagens, pessoas e tatuagens. Há. Há chapéus, cavalheiros e “madames”. Há. Há uns, outros e ninguém. . Há marcas, correntes e faróis. Há. Há terra, segurança e caminhos. Há. Há felicidade, amanhãs e alpendres. Há. Há espanta-espíritos, capas e determinação. Há. Há loucura, perversão e dependências. Há. Há gelados, balões e piões. Há. Há cidades, conhecimento e dedicação. Há. Há sismos, incompatibilidades e solidão. Há. Há ferro, entranhas e estrutura. Há. Há obsessões, enganos e ruelas. Há. Há paisagens, registos e diafragmas. Há. Há agregação, pálpebras e olhos. Há. Há a linha do horizonte,  esperança e perdão. Há. Há corpos, movimento e dança. Há. Há luz, buracos e saídas. Há. Há chuva, vento e sol. . Há "eus", "tus" e "nós". Há. Há arte, tempo e silêncio. Há. sonhos, memórias e saudade. Há. 
Espaço... Há?

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