Tão difícil o encontro quão difícil é o apartamento.
Uma a uma as flores estiolam-se no quebranto do vento leste.
Os bichos-da-seda de primavera dobam até à morte os
fios do coração:
fios do coração:
O pavio da vela tornando-se em cinzas antes de as lágrimas lhes secarem.
A preocupação do espelho da manhã é mudar nela o aspecto melancólico:
Alta noite a recitar um poema será que ela não sente o frio dos raios de luar?
A colina das fadas não é longe daqui.
Pássaro azul, apressa-te agora, vigia-me a estrada.
Li Shang-Yin, Poemas sem título,
in Nocturno em Macau, de Maria Ondina Braga, Caminho, p.9
2 comentários:
Hei-de emprestar-lhe este livro. Vai gostar :-)
Terei muito gosto e a certeza de que vou gostar muito!
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