terça-feira, 21 de junho de 2011

Os nossos amparos - Muito agradecida minha querida "CASA".

Hoje, porque sim - mesmo que este argumento não seja resposta - procurei conselheiro. 
E, com sempre, a minha rocha acolheu-me com o mesmo carinho, a mesma sabedoria, o mesmo olhar, por momentos, cheio de lágrimas de uma Mãe ... 
Muito agradecida... creio ter recolhido as premissas.  
Por isso, e muito mais, aqui fica a ligação directa ao post que, também, de lá transcrevo e que espero "levar" tatuado ... 

"...  Minha mãe
Minha mãe zangava-se muito. Entrava em casa quando vinha de fora, da quinta ou da sapataria, e a casa cobria-se de culpas, toda gente era incluída. Não sei que humor devastador a tomava. Ou sei, agora que sinto o mesmo, uma espécie de desabrido desgosto de retomar um reino que se herdou e não o queríamos. Estou a parecer-me com a minha mãe, finalmente encontramo-nos depois de tantos anos de frieza meio arrependida. Eu acusava-a de ser tão adaptada e falar por provérbios que permitem alguma segurança de opinião. Eu fazia os meus provérbios, era sempre irascível na maneira de proibir qualquer adulação. Cuidado em ter amor por mim! O amor parecia-me enfadonho quando oferecido; tinha de ser difícil e não carinhoso e leviano. "Amor de menino é como água em cestinho" - o mundo parecia-me povoado de crianças, dessas que morrem cedo e têm no peito um vazio. ...". 

Agustina Bessa-LuísO livro de Agustina Bessa-Luís. 

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