segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sir Ruy de Carvalho

The Dresser (de Ronald Harwood)

“Um retrato apaixonante nos bastidores do teatro. (…) Uma aventura cómica e, ao mesmo tempo, emocionante sobre relações humanas. …”.

Um Espectáculo - dentro dos camarins, um privilégio inesquecível;
Um Actor – O Actor - que sabe resistir às vergastadas dos críticos, porque é mais fácil subir do que aguentarmo-nos no topo;
Um Camareiro - O dos olhos sentimentais, poderoso – em personagem e fora dela - aquele “Norman”, viverá sempre como a representação viva da deontologia profissional, com Ele, desenganem-se os que dizem que no Teatro não existe ética.
Nós – a quarta parede - não obstante os violentos ataques aéreos, aguentámos firmes os nós na garganta, andámos à bolina pelos sentimentos e segurámos as placas.

Pensando bem, poderia ter começado este post como “Norman” iniciou, muitas vezes, os diálogos com “Sir”:

Utilizava as mãos para enxertar sentimento nas palavras e colocava a voz – aquela voz grave - na esquerda alta, bem ao nível do coração.
Como em Cachoeira, não saia até adormecermos de tanto rir.
Conte mais uma e mais uma, outra e mais outra - esta é a Sua deixa!